Mostrando postagens com marcador Raul Seixas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Raul Seixas. Mostrar todas as postagens
Caroço de manga - Raul Seixas e Paulo Coelho
Caroço de manga
(Raul Seixas e Paulo Coelho)
Sempre que eu lhe dou a mão
Você segura no meu pé
Eu faço tudo por você
Tudo o que você quiser
Eu quero uma colher de chá
No grande jogo do xadrez
Não quero ver você chorar
Não quero ver você chorar
Tou aqui pro que vier
Eu danço o que você tocar
É só dar corda no boneco
Tango, Rock ou cha-cha-cha
Não tenho nada a perder
Aquilo que pintar eu tô
Porque eu gosto de você
Porque eu gosto de você
Essa vida inteira é uma brincadeira
É só ficar quieto e não dar bandeira
Você chupou a manga até o fim
E só deixou o caroço para mim
E melhor que isso só carnaval
Pegue essa motocicleta
E vá mostrar quem é você
Bota o seu blusão de couro
Agora é que eu quero ver
Na arrancada do futuro
Sem nunca pedir arrego
Nos olhos cegos do morcego
Nos olhos cegos do morcego
Essa vida inteira é uma brincadeira
Eu fico feliz com qualquer besteira
Você chupou a manga até o fim
E só deixou o caroço para mim
E melhor que isso só carnaval
Pegue essa motocicleta
E vá mostrar quem é você
Bota o seu blusão de couro
Agora é que eu quero ver
Na arrancada do futuro
Sem nunca pedir arrego
Nos olhos cegos do morcego
Nos olhos cegos do morcego
Ouro de tolo - Raul Seixas
Ouro de tolo
(Raul Seixas)
Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros por mês
Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar um Corcel 73
Eu devia estar alegre e satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa
Ah! Eu devia estar sorrindo e orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa
Eu devia estar contente
Por ter conseguido tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado
Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto: E daí?
Eu tenho uma porção de coisas grandes
Pra conquistar, e eu não posso ficar aí parado
Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Pra ir com a família ao Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos
Ah! Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco praia, carro, jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco
É você olhar no espelho
Se sentir um grandessíssimo idiota
Saber que é humano, ridículo, limitado
Que só usa dez por cento de sua
Cabeça animal
E você ainda acredita que é um doutor, padre ou policial
Que está contribuindo com sua parte
Para nosso belo quadro social
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada cheia de dentes
Esperando a morte chegar
Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora de um disco voador
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada cheia de dentes
Esperando a morte chegar
Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora de um disco voador
Maluco beleza - Raul Seixas e Claudio Roberto
Maluco beleza
(Raul Seixas e Claudio Roberto)
Enquanto você se esforça prá ser
um sujeito normal
e fazer tudo igual
Eu do meu lado, aprendendo a ser louco
Um maluco total
na loucura real
Controlando a minha maluquez
misturada com minha lucidez
Vou ficar
ficar com certeza
maluco beleza
Este caminho que eu mesmo escolhi
É tão fácil seguir
por não ter onde ir
Controlando a minha maluquez
misturada com minha lucidez
Vou ficar
ficar com certeza
maluco beleza
Eu vou ficar...
Tente outra vez - Raul Seixas, Paulo Coelho e Marcelo Motta
Tente outra vez
(Raul Seixas, Paulo Coelho e Marcelo Motta)
Veja
Não diga que a canção está perdida
Tenha fé em Deus, tenha fé na vida
Tente outra vez
Beba
Pois a água viva ainda está na fonte
Você tem dois pés para cruzar a ponte
Nada acabou, não não não não
Tente
Levante sua mão sedenta e recomece a andar
Não pense que a cabeça agüenta se você parar,
não não não não
Há uma voz que canta,
uma voz que dança,
uma voz que gira
Bailando no ar
Queira
Basta ser sincero e desejar profundo
Você será capaz de sacudir o mundo, vai
Tente outra vez
Tente
E não diga que a vitória está perdida
Se é de batalhas que se vive a vida
Tente outra vez
Gospel - Raul Seixas e Paulo Coelho
Gospel
(Raul Seixas e Paulo Coelho)
Por que é que o Sol nasceu de novo
E não amanheceu?
Por que é que tanta honestidade
No espaço se perdeu?
Por que que Cristo não desceu lá do céu?
E o veneno só tem gosto de mel?
Porque é que a água não matou a sede de quem bebeu?
Por que é que eu passo a vida inteira
Com medo de morrer?
Por que é que os sonhos foram feitos
Pra gente não viver?
Por que que a sala fica sempre arrumada
Se ela passa o dia inteiro fechada?
Por que é que eu tenho caneta e não consigo escrever?
Por que é que existem as canções
E ninguém quer cantar?
Por que que sempre a solidão
Vem junto com o luar?
Por que que aquele que você quer tão bem
Já tem sempre ao teu lado outro alguém?
Por que que eu gasto tempo sempre, sempre a perguntar?
Meu amigo Pedro - Raul Seixas
Meu amigo Pedro
(Raul Seixas)
Muitas vezes Pedro você fala
Sempre a se queixar da solidão
Quem te fez com ferro fez com fogo, Pedro
É pena que você não sabe não
Vai pro seu trabalho todo dia
Sem saber se é bom ou se é ruim
Quando quer chorar vai ao banheiro
Pedro, as coisas não são bem assim
Toda vez que eu sinto o paraíso
Ou me queimo torto no inferno
Eu penso em você meu pobre amigo
Que só usa sempre o mesmo terno
Pedro onde você vai eu também vou
Pedro onde você vai eu também vou
Mas tudo acaba onde começou
Tente me ensinar das tuas coisas
Que a vida é séria e a guerra é dura
Mas, se não puder cale essa boca, Pedro
E deixa eu viver minha loucura
Lembro Pedro aqueles velhos dias
Quando os dois pensavam sobre o mundo
Hoje eu te chamo de careta
E você me chama vagabundo
Pedro onde você vai eu também vou
Pedro onde você vai eu também vou
Mas, tudo acaba onde começou
Todos os caminhos são iguais
O que leva à glória ou a
Perdição
Há tantos caminhos, tantas portas
Mas, somente um tem coração
E eu não tenho nada a te dizer
Mas, não me critique como eu sou
Cada um de nós é um universo, Pedro
Onde você vai eu também vou
Pedro onde cê vai eu também vou
Pedro onde cê vai eu também vou
Mas tudo acaba onde começou
Por quem os sinos dobram - Raul Seixas
Por quem os sinos dobram
(Raul Seixas)
Nunca se vence uma guerra lutando sozinho
Você sabe que a gente precisa entrar em contato
Com toda essa força contida é que vive guardada
O eco de suas palavras não repercutem em nada
É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro
Evita o aperto de mão de um possível aliado,
Convence as paredes do quarto, e dorme tranquilo
Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo
Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais
É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro
Evita o aperto de mão de um possível aliado
Convence as paredes do quarto, e dorme tranquilo
Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo
Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais
Minha viola - Raul Seixas
Minha viola
(Raul Seixas)
Eu tenho uma viola que canta assim
Minha dor ela consola
dilim, dilim, di-lim
Quando eu saí do meu sertão
Não tinha nada de meu
A não ser esta viola
que foi meu pai quem me deu
E pelo mundo eu vou andando,
Subo monte, desço serra
Minha viola vou tocando,
relembrando a minha terra.
E quando a tarde vai morrendo,
vou pegando minha viola
Se estou triste e sofrendo,
ela é quem me consola.
Cada nota é um gemido
Cada gemido uma saudade
De saudade estou perdido, viola,
nessa eterna "solidade".
De saudade estou perdido, viola,
nessa eterna "solidade".
Nesse sertão dos meus amores,
quando me ponho a tocar,
Emudecem seus cantores
para nos ouvir cantar.
Canta a minha alegria,
canta para eu não chorar.
Entrarei no céu contigo quando minha hora chegar.
Assinar:
Postagens (Atom)